Há exatos 15 anos, eu saía de uma agência da Caixa Econômica Federal com uma cédula de R$ 10,00, todo senhor de mim, pensando em como gastaria todo aquele dinheiro.
À tarde, fui ao Shopping Ibirapuera. Joguei fliperama por R$ 0,60. Tomei um café expresso no Café do Ponto por módicos R$ 0,60, o mesmo preço de um jornal tipo Folha de São Paulo ou Estadão.
Para ir ao shopping, fui de ônibus: R$ 0,50 a passagem!
Quando cheguei em casa, dei um telefonema para uma amiga. Falei muito, pois cada 4 minutos de ligação custavam apenas R$ 0,03. Aí, fiz um DDD. Era caro: R$ 0,60 o minuto!
As revistas custavam caro: uma Veja saía por R$ 3,80 (depois, baixou para R$ 3,00). A Playboy era vendida a R$ 4,20. A Info Exame, R$ 3,00.
Depois, fui à padaria. Comprei 4 pãezinhos e paguei R$ 0,05 por unidade. Já ia me esquecendo do açúcar, que estava R$ 0,80 o quilo. Hoje, após 15 anos, custa mais que o dobro e poderia custar mais se tivesse acompanhado a inflação.
Me lembro que nessa época eu tomava leite Molico. A lata custava R$ 2,59. O leite B custava R$ 0,50 o saquinho, mas eu não podia tomar, por causa da vesícula. O Sustagen, aquele pó enriquecido, beirava os R$ 8,00.
Se não me engano, uma carta simples custava R$ 0,12; e a social, que não podia ser escrita à máquina, R$ 0,01. Parece que até hoje existe essa carta a esse preço…
A conta de luz lá de casa vinha abusrdos R$ 12,00, R$ 15,00, para um consumo de mais de 300 kilowatts mensais. A água, até 10 metros cúbicos, custava algo perto de R$ 4,00.
Por último, a cotação do dólar, que iniciou o Plano Real na base de 1 por 1, ou seja: R$ 1,00 = US$ 1.00. Depois, o Real se valorizou e chegou a valer R$ 0,82 por dólar!
Todo o mundo estava meio confuso ainda, apesar de convivermos durante 3 meses com a URV (Unidade de Referência de Valores), que era, na verdade, um REAL disfarçado. Ou seja: de abril a julho, o povo acostumou-se a uma nova moeda, apesar de ainda estar pagando tudo com Cruzeiros Reais, que foram implantados no dia 1º de agosto de 1993.
E você, lembra de quais preços do início do Real?
(EM TEMPO: escrevi Real com R maiúsculo a propósito, como uma homenagem aos 15 anos dessa moeda)
2 comentários:
Acho que o Brasil deu uma melhorada com este plano ,mais ainda temos muitas coisas a melhorar no Brasil.
Ah, é verdade, Ivandro. Falta muita coisa para fazer. Só baixar a inflação não resolve. E o desemprego? E o povo passando fome?
Obrigado pelo comentário!
Abraços,
André
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