sábado, 25 de julho de 2009

Feng Shui – O Chi e o Feng Shui

Chi é a mesma coisa que dizer: o sopro vital. Em outras palavras, a energia ativa que dá vida a tudo, que está no ar que a gente respira o tempo todo. É a energia vital que nos liga com a origem de tudo. Ela está presente nos ventos e nas águas; circula, sem que possamos ver, pelos meridianos da acupuntura; propicia colheitas fartas, enfim, é a energia que se bem compreendida e administrada pelo homem pode lhe garantir longevidade, saúde e bem-estar físico e emocional.

Todas as artes marciais chinesas estão calcadas dentro do princípio de circulação do Chi.

Matéria prima do Feng-Shui, o Chi, como todas as coisas que estão presentes no nosso mundo está em situação oposta ao Sha, que é o sopro daninho, prejudicial, que faz mal e pode acarretar até morte prematura.

Enquanto o Chi circula durante as horas em que a luz é ascendente, ou seja, durante o dia, o outro é de característica invernal, ou seja, corresponde ao decrescer da luz do dia. Não é à toa que os exercícios de Tai Chi Chuan e meditação são feitos nas primeiras horas da manhã.

Vale dizer que o Chi pode ser ativado em qualquer momento do dia por meio de uma meditação silenciosa.

Para um consultor de Feng-Shui da Escola Ba Zhai, o objetivo principal é destruir ou, pelo menos, amenizar a força negativa Sha. O Sha pode ter sido gerado devido à uma incongruência na configuração do terreno, o que torna-se um fator de dispersão de energia Chi. Também, pode ter surgido por um vento frio e forte em linha reta. O Sha está presente nas rodovias de grande movimento, nas vias de estrada de ferro, nos corredores de um apartamento, debaixo de uma escadaria dentro de uma casa, em locais rodeados por inúmeros prédios, e por aí vai.

De acordo com Pierre Lagorge, em artigo da revista francesa Génération Tao, as cidades mais modernas do mundo, como Tóquio, são um claro exemplo de acúmulo destas linhas perniciosas, capazes de gerar câncer e, por incrível que pareça, criminalidade.

Ele nos conduz ao lado oposto de tudo isso: a arquitetura e a arte chinesas, onde se enfatizam as ondulações, as volutas que fazem circular em suas formas arredondadas essa importante energia de vida.

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