A última vez em que fui ao Rio de Janeiro, como turista, foi no dia 22 de abril de 1972, com os meus pais.
A gente levava coisas para a praia, as deixava ali e ia caminhar para bem longe. Voltávamos e as coisas ainda estavam ali.
Na Cinelândia, onde nos hospedávamos, no Hotel OK, saíamos perto das 23h para tomar café com leite em algum boteco ali por perto e nunca aconteceu nada. Nunca vimos nada.
Depois, como todos sabem, a violência explodiu em todo o país. O Rio de Janeiro é mais visado por se tratar de uma cidade turística. Aí, os bandidos deitam e rolam.
São Paulo não fica atrás, mas o tipo de crime cometido em São Paulo, capital, é um, no Rio de Janeiro, é outro.
No Rio, existem morros, morros com favelas. Aqui no Brasil, pobre mora em morro; na Europa, quem mora em morro é milionário!
É um número alto, ainda baseado em estatísticas de janeiro deste ano.
Eu, particularmente, não sinto vontade nenhuma de ir ao Rio de Janeiro e peço a Deus que não precise ir.
Em 2005, fui obrigado a fazer um procedimento cirúrgico no Hospital do Fundão e quando o motorista da ambulância onde eu estava sendo transportado anunciou que estávamos na Linha Vermelha (ou Amarela, sei lá), fiquei morrendo de medo!
Agora, como turista, não vou mesmo, nem que me paguem para isso.
Em São Paulo, há crimes a todo instante, mas lá, pelo menos, é o meu pedaço. Eu vivia a 100 metros de uma favela e o pessoal era muito gente boa. Inclusive, cansei de levar bronca de bandido, bandido mesmo, por eu deixar o meu portão sem trancar.
Nunca precisei me envolver com esse tipo de gente. Eu fazia apenas a política da boa vizinhança. O bandidão passava, pedia um cigarro, eu dava e até o acendia para ele. Assim, eles chegavam a dizer, na cara dura:
- Nóis num entra na tua casa não é pelos olhos bonitos do teu pai; é porque tu é gente boa e não despreza nóis…
Bandido me dando segurança, me aconselhando a tomar mais cuidado com a minha casa. Enquanto isso, a polícia… Bom, deixa pra lá…
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