Uóli, um dia resolveu ir a São Paulo, mas de avião. Naquela cidade tem aeroporto internacional! Sim, é verdade. Então, Uóli telefonou para o Aeroporto Internacional e perguntou se havia algum vôo regular daquela cidade para São Paulo e vice-versa. O atendente disse que NÃO SABIA!
Aquela cidade já tem um porto, e pelo que Uóli apurou, até transatlântico pode aportar por lá. Mas parece que tem apenas o porto e nenhum comércio nos arredores. Ou seja: os turistas chegam e... não vêem nada, só os táxis que estão ali perto. Só.
Ah, Uóli nunca gastou tanto em manutenção de computador como naquela cidade. O povo é de maioria humilde, como eu já disse, mas o Uóli fica abismado como o preço das coisas é alto.
Falando em preço alto, Uóli descobriu que uma das bancas do centro da cidade tinha um aluguel de R$ 1.000,00 por mês. Aí, o dono da banca aumentou o aluguel, da noite para o dia, em 60%, ou seja, R$ 1.600,00. Quem estava arrendando a banca, é claro, pulou fora! Uóli fica abismado como uma cidade tão chinfrin, que não tem nada, além das praias, pode ter imóveis e coisas tão caras!
Um dia, caiu uma chuva daquelas. Em 4 horas e meia, cerca de 150 mm. A casa onde Uóli vive ficou com 4 dedos de água de altura. Foi aí que ele perdeu mais dois no-breaks e um estabilizador de voltagem, livros importados, revistas, sapatos... Uóli, como é curioso, descobriu que a empresa responsável pelo abastecimento de água do município “simplesmente fechou as comportas para a água não ir para não sei que lugar”. Não fossem os bombeiros terem interferido e a maré, naquela noite, estar baixa, os prejuízos na casa onde Uóli mora teriam sido muito maiores.
Em suma, Uóli afirma que nunca morou tão mal em sua vida. Aí, os caros leitores vão perguntar, em coro: “Então, Uóli, por que você não vai embora?”. É que Uóli agora está sem dinheiro para viajar até a esquina. Ele, na verdade, caiu de pára-quedas naquela cidade, pois conheceu uma vigarista na internet, que encheu a cabeça dele de sonhos e mentiras e acabou levando-o para lá. Depois de quase dois meses, deu-lhe um chute no traseiro e, com muita lábia, o convenceu a ser inquilino dela, extorquindo de Uóli cerca de R$ 500,00 por mês. Esse valor era referente ao aluguel, despesas de luz e água (ele sozinho pagava por um batalhão na hora de dividir as contas) num lugar cheio de baratas, cupins, lacraias e até ratos, isso sem falar nas dezenas de goteiras que havia no quarto onde ele dormia.
Um detalhe: ele pagava aluguel para a vigarista supracitada, sendo que a mesma vivia, e até hoje vive, em regime de comodato numa casa secular, e a verdadeira dona da casa nem imagina que também foi lesada por essa cidadã (cidadã???) sem escrúpulos.
Hoje, Uóli vive com uma mulher decente, digna e honesta. Mas Uóli não é feliz naquela cidade. Nada ali o agrada. Ele não tem um amigo sequer. Conhecidos, tem aos montes, mas amigo, amigo mesmo, ele não tem.
E de quem é a culpa? Da vigarista já mencionada? Não! A culpa é do Uóli, que vai se abrindo como um leque para qualquer pessoa que entra na sua vida. Agora, agüenta, Uóli!
1 comentários:
O uoli tinha que tomar juizo na cabeça mesmo,e achar um ninho,pelo menos teve um final feliz.
Postar um comentário