domingo, 3 de maio de 2009

A mediunidade de minha mãe – PARTE 1

mãe

Hoje, parece que tirei o dia para falar sobre assuntos sobrenaturais, inexplicáveis. E, agora, senti uma vontade imensa de comentar a respeito da mediunidade de minha mãe, que desencarnou aos 45 anos e meio de idade (18/9/1939 – 18/3/1985).

Desde que me conheço por gente, minha mãe tinha lá suas intuições, seus dons telepáticos, enfim, eu não sabia, porque era criança, mas a minha mãe era MÉDIUM, e das boas – àquela altura, acho que nem ela se dava conta disso.

Me lembro uma vez quando meu pai teve de viajar a trabalho para Recife e ficou de telefonar, à noite, numa determinada hora. Como naquela época ainda não existia o DDD, os interurbanos eram realizados mediante solicitação feita à telefonista que, tão logo pedíamos a ligação, nos informava o tempo médio que levaria para que esta fosse completada. Às vezes, uma ligação de São Paulo para o Rio de Janeiro levava DUAS HORAS para ser feita!

Voltando ao assunto, naquela noite, minha mãe estava muito ansiosa, pois meu pai não ligava. Ela pegou uma fotografia dele 3 X 4, olhou-a por mais de 5 minutos e, em seguida, o telefone tocou: era o meu pai.

Certa vez, minha mãe começou a cismar com um colega de trabalho do meu pai, e vivia alertando-o para ficar atento ao sujeito, que não tinha bom caráter. Meu pai, sempre cético, dizia que nunca havia notado nada de errado na conduta desse colega e NÃO DEU OUVIDOS à minha mãe. Um tempo depois, esse colega “muy amigo”, puxou o tapete do meu pai na empresa em que trabalhavam!

Minha mãe tinha um sonho recorrente com um caminhão de caixotes. Ela descrevia o caminhão da seguinte maneira: um caminhãozinho velho, com uma pilha grande de caixotes amarrados, pendendo para a esquerda. Sonhou com esse caminhão de caixotes inúmeras vezes. E ninguém entendia o porquê desse sonho.

Em 1972, ela resolveu tirar carteira de motorista. Estudou muito, pois, naquela época, era complicado conseguir uma habilitação. Até motor estudou, mesmo para tirar uma simples carta de motorista amadora!

Tá. Tirou a carteira de motorista. Meu pai e eu fomos dar a primeira volta com minha mãe ao volante. Algumas ruas depois, o que nós três vimos a nossa frente? Acertou quem disse o caminhão de caixotes. Igualzinho ao que minha mãe sonhava, inclusive com a pilha de caixotes amarrados, pendendo para a esquerda. O susto foi tão grande que minha mãe, nervosa, freou o carro abruptamente. Eu, que estava atrás, bati a cara no banco em que estava sentado o meu pai, na frente.

CONTINUA AMANHÃ…

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