Relembrando a parte final do post anteri0r:
No dia 2 de novembro de 1984, em pleno Dia de Finados, estávamos minha mãe e eu recolhendo a roupa no quintal, pois estava para cair uma chuva das boas a qualquer momento. Não me lembro o que perguntei para a minha mãe e ela disse:
- Eu não sou sua mãe!
Na hora, achei engraçado e não dei bola, juro! Subimos para a sala e, aí sim, percebi que a minha mãe estava diferente. Fiz várias perguntas até que, por fim, obtive uma resposta:
- Meu nome é Benedito. Eu sou um espírito que está no corpo da sua mãe.
Achei tudo aquilo o máximo! Comecei a conversar com essa entidade como converso com qualquer pessoa. Um tempo depois, Benedito se despediu de mim, pediu que eu desse um copo com água para minha mãe, e “subiu”. Quando minha mãe “voltou a si”, estranhou ao me ver com um copo d’água a sua frente:
- O que é essa água aí? – perguntou ela, zonza, como quem volta de um transe.
Contei tudo o que havia acontecido e ela entrou em desespero total. Começou a gritar, dizendo que “alguém estava fazendo macumba para ela”, ou seja, não acreditou em uma só palavra do que lhe contei.
As visitas do Benedito começaram a se tornar freqüentes, principalmente quando meus pais discutiam.
Certa noite, após discutir com o meu pai, este se fechou no quarto e, logo em seguida, o Benedito “desceu”. Conversou comigo e disse que “não era justo o que meu pai estava fazendo”. Aí, num tom de pura traquinice, disse:
- Quer ver seu pai sair do quarto bravo que nem uma onça?
Fiquei sem saber o que responder e, instantes após, ouvi um barulhão vindo da parte de cima da casa. Meu pai abriu a porta do quarto, eu subi as escadas e vi (ninguém me contou!) o micro-system dele desabado sobre a mesa do escritório. O aparelho estava em uma prateleira muito bem feita e reforçada. Como aquilo despencou de uma hora para outra? É claro que foi “arte” do Benedito.
CONTINUA AMANHÃ…
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