Nos tempos de colegial, os professores nos massacravam (no bom sentido), porque queriam ver a gente estudando pacas e passando no vestibular.
No 3º e último ano do colegial, a pressão ficou maior ainda, pois eles falavam mais do vestibular que enfrentaríamos do que sobre a matéria que teriam que estar dando naquele dia.
A diretora da escola (prefiro omitir seu nome) um dia entrou na nossa classe, apontou para meia dúzia de alunos e disse mais ou menos isso:
- Vocês ficam aí de brincadeirinha boba, não vão passar no vestibular! Aqui, pelo que eu vejo, só vão entrar na faculdade o fulano, o beltrano e o sicrano… – e apontou para os CDFs que ficavam sentados na “turma do gargarejo”.
Achei uma atitude deselegante e preconceituosa da diretora, uma ex-freira, possivelmente frustrada, e que gostava de ficar no pé da gente.
Talvez, essa senhora nem viva mais esteja, mas guardo um carinho por ela apesar de tudo o que contei.
E de tanto os professores falarem na faculdade que teríamos que cursar (sim, eles achavam que todos nós tínhamos como obrigação ingressar em uma faculdade), comecei a devanear a respeito do que seria estar em uma faculdade.
Imaginei liberdade total, poder fumar na classe, sair e entrar a hora que bem entendesse, faltar às aulas chatas, e assim por diante.
Passeando pela internet, vi um blog que resume tudo aquilo que meus colegas e eu talvez pensássemos na época a respeito do que seria estar em uma faculdade.
O link do blog é este e o post é excelente!
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