terça-feira, 28 de abril de 2009

Coisas que eu vi

olhando

Vou contar algumas ocorrências que eu presenciei com pessoas na rua. É claro que eu não teria como saber o nome de ninguém envolvido e nem me lembro da data exata dos fatos. Mas é tudo verídico.

 

CASAL DESCOMPENSADO

Eu havia saído do supermercado com duas sacolas em cada mão e rumava para casa. Como ando rapidamente, logo alcancei um casal que me chamou a atenção por dois motivos: ele era alto, um pouco forte e ela era baixa – tanto de estatura como de nível. No momento que eu fiquei a uns 10 metros deles, pude ouvir a mulher gritando, para quem quisesse ouvir:

- Você é um frouxo, um filha-da-puta!!! Não presta pra nada!!!

E o cara andando, na frente da mulher, sem esboçar qualquer reação. Ela, fula da vida, continuava esbravejando:

- Você é uma merda de homem!!! Eu quero mais é que você caia e quebre uma perna!

Disse isso e, dois segundos depois, ela própria caiu numa espécie de boca de lobo que, justamente naquele dia, estava sem a grade. O corpo pendeu para frente, ela não conseguiu se equilibrar e, involuntariamente, inclinou-se e deu o grito:

- Aiiiiiii!!!

O homem, bobo como ele só, foi socorrer a mulher. Nisso, estava passando uma viatura de polícia. Ele parou a viatura e os policiais foram socorrer a suburbana. Quando vi a cena, imaginei que ela havia fraturado a perna, pois foi colocada dentro da viatura aos berros, e o bobão do marido todo preocupado.

Passado algum tempo, vi essa mulher com a perna engessada, andando com o auxílio de uma bengalinha. Mas o bobão do marido não estava.

Alguns meses atrás soube, por pura coincidência, que essa mulher teve complicações com o engessamento da perna e, no final das contas, depois de algum tempo, acabou morrendo – talvez por infecção ou algo do tipo.

O bobão do marido nunca mais vi. Deve ter morrido de saco cheio por ter que aturar uma mulher totalmente sem compostura.

 

CASAL DESCOMPENSADO 2

Em São Vicente (SP), após jantar, eu tinha o costume de sentar do lado de fora do restaurante a quilo onde eu fazia minhas refeições diárias. Uma noite, presenciei algo grotesco: um carro parou em frente ao bar que ficava ali perto do restaurante, desceu uma mulher lindíssima, atraente, gostosíssima, vestindo uma roupa pra lá de provocante, e gritou para um sujeito que estava sentado à mesa do bar, com várias garrafas de cerveja a sua frente, batendo papo com os amigos:

- Você não vai vir pra casa não, é? – disse ela, nervosa.

O cara ficou pau da vida, foi até a mulher, deu um esporro em voz alta e mandou que ela voltasse para casa e o esperasse lá.

O horário que isso aconteceu: 20h, mais ou menos. Naquela noite, subi depois das 22h30 para o apartamento e o sujeito estava lá, bebendo, bebendo, bebendo…

Depois leva chifre e ainda quer matar a mulher!

 

MARIDO VIOLENTO

(Esta história eu não presenciei, mas me foi contada por um policial que chegou a acompanhar o caso)

O homem batia na esposa por qualquer motivo. Só bastava ele entornar qualquer substância alcoólica na garganta, que aquela droga lhe subia à cabeça, matava-lhe mais alguns milhões de neurônios e o fazia cometer as mais absurdas atrocidades contra a esposa, que sempre o amou e fez de tudo por ele.

A filha ameaçava denunciá-lo à polícia, e o homem se tornava um bicho: em vez de avançar na filha, ele batia ainda mais na mulher, como demonstração do que seria capaz se algum dia fosse denunciado.

Mas a filha não se deu por vencida e, armada de coragem e de uma faca grande, colocou o próprio pai na rua, alertando-o de que se ele voltasse a polícia seria chamada e ele iria em cana.

No dia seguinte, de tarde, esse sujeito arrumou uma confusão em um boteco com um camarada que estava armado. Este saiu em sua perseguição, dizendo que ia matá-lo. O valentão correu em direção a sua casa, bateu na porta diversas vezes e a filha, do lado de dentro, disse:

- Aqui você não entra mais, porco dos infernos! Nunca mais você vai bater na minha mãe, seu cachaceiro!!!

O homem, então, percebeu que o sujeito que estava atrás dele vinha no final da rua. Desesperado, bateu na porta outras tantas vezes, pedindo, implorando perdão, dizendo que estavam querendo matá-lo, mas a filha, irredutível, disse que não abriria a porta e terminou dizendo que já estava chamando a polícia.

Em seguida, ouviram-se vários disparos. O valentão caiu, em frente à porta de sua casa, morto. O camarada do bar, segundo testemunhas, abandonou o local correndo.

Teria sido um alívio para a esposa, que passara anos a fio apanhando do marido, e para a moça, que não iria mais presenciar o pai batendo na mãe que ela tanto amava.

Só que a história mudou de rumo: por ele MORAR na casa, ter suas roupas lá, contas em seu nome com aquele endereço, SEM UMA DETERMINAÇÃO JUDICIAL, ele não poderia ser colocado para fora de casa.

Conclusão: pelo que me contaram – isso já tem mais de um ano –, mãe e filha foram indiciadas (não sei em qual artigo do Código Penal). A filha ficou mais encrencada, pois houve testemunhas que ouviram o homem suplicar para entrar na própria casa e a moça gritando que não ia abrir a porta de jeito nenhum, mesmo ele dizendo que estavam prestes a matá-lo.

 

SEIS PASSAGEIROS ARMADOS NO ÔNIBUS

Quando eu vivia em São Paulo, tinha o costume de ir com freqüência ao Shopping Ibirapuera. E não foi diferente naquele sábado. À tarde, lá pelas 16h30, peguei o ônibus de volta para casa. A quatro pontos do meu, uma moça começou a gritar:

- Acabaram de me roubar!!! Eu comprei um tênis para o meu namorado e aquele cara ali correndo botou o revólver na minha barriga e mandou eu ficar quieta, senão ele me matava!

Todo o mundo se levantou e pôde ver um homem correndo pela rua, levando um pacote.

Pois, além do cobrador, mais seis passageiros desceram, com arma em punho, para ir atrás do ladrão.

Pena que não conseguiram pegá-lo!

 

UM TAPA DE DOER OS OUVIDOS… OS MEUS!

Quando morei em São Vicente (SP), havia uma padaria boa bem perto do meu prédio e eu tinha o costume de comer um lanche lá, pois tudo era limipinho. E gostava de sentar do lado de fora, para respirar a brisa do mar.

De repente, surgiu um homem enorme, com mais de 1,90m de altura, forte, mas embriagado. E foi mexer com o policial à paisana que estava fazendo “bico” naquela noite. O policial o repeliu várias vezes, mandando-o ir embora.

Só que teve uma hora que o policial não agüentou mais e meteu uma bofetada na cara do grandalhão que os meus ouvidos é que doeram. Nunca havia visto um tapa tão forte!

O bebum saiu, todo humilhado, sem olhar para trás.

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