Pedrinho, 7 anos na época, não parava de amolar seus pais, pedindo um tal caminhãozinho azul que ele havia visto numa loja, ali perto de sua casa. Seus pais achavam que o brinquedo era muito caro pelos poucos recursos de que dispunha e viviam dizendo “não” ao garoto.
Um dia, Pedrinho tanto fez, mas tanto fez, que sua mãe, já nervosa, pegou-o pelo braço e os dois foram à loja para comprar o caminhãozinho azul.
Pedrinho chegou em casa, brincou um pouco com o caminhãozinho e logo o deixou de lado. Foi para a rua jogar bola com os moleques.
E isso aconteceu durante mais de dois meses. Pedrinho não queria mais brincar com o caminhãozinho azul, mas gostava de mantê-lo sempre por perto.
Certa tarde, ele estava jogando bola na rua, em frente a sua casa. O caminhãozinho azul tinha ficado largado ali por perto. De repente, um menino apareceu, pegou o caminhãozinho azul, olhou ao redor, e começou a sair de fininho. Pedrinho percebeu isso a tempo, gritou com o garoto e o alcançou, arrancando-lhe o caminhãozinho azul das mãos:
- É meu! É só meu! – disse Pedrinho, nervoso.
- Mas você nem brinca com ele… Nem gosta dele… Os garotos aqui da rua falam isso direto…
- Não interessa! O caminhãozinho azul é meu e ninguém mexe nele!
O menino saiu, dando de ombros. Pedrinho jogou o caminhãozinho azul na frente do portão de sua casa e voltou a jogar futebol com os amigos.
Na sua vida você já se sentiu como um “caminhãozinho azul” nas mãos de alguém?
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