quinta-feira, 30 de abril de 2009

Mortes estranhas

nuvens

Eu sei que o tema pode parecer mórbido, triste e até pesado. Mas morrer faz parte de um processo que todo ser vivo, incluindo nós, os humanos, tem de passar. É o que diz o ditado: “A única certeza que temos nesta vida é de que um dia vamos morrer”.

Para alguns, morrer significa um tormento, enquanto que outros passam desta para melhor sem sofrer.

 

UM COPO D’ÁGUA, POR FAVOR

Na década de 70, li no antigo jornal Notícias Populares, editado em São Paulo, uma notícia sui generis.

Uma senhora de seus 60 anos, aparência humilde, encostou no balcão de um bar e pediu:

- Moço, arruma um copo d’água, por favor?

O balconista quis saber:

- Mineral?…

E a velhinha:

- Não! Vai de “santa pia” mesmo…

O balconista a serviu com um copo de água tirada da pia, a velhinha bebeu e comentou:

- Obrigada! Que água gostosa!

Um segundo após, caiu no chão, morta.

 

COM UM COPO DE PINGA NA MÃO

Quando eu vivia em São Paulo, tinha um vizinho alcoólatra, a quem vou chamá-lo de Nestor. O médico já o havia advertido várias vezes que, se ele não parasse de beber, iria morrer. Mas não tinha jeito. Eu cansava de ver aquele homem embriagado, muitas vezes dormindo em alguma calçada, pois não havia conseguido chegar em casa.

No bairro, Nestor começou a ter dificuldades de beber, pois os familiares dele pediram aos donos de bares e padarias que não lhe servissem mais bebida alcoólica. Então, Nestor começou a freqüentar uma birosca dentro da favela que havia no final da rua onde morávamos (ele era meu vizinho). Certa vez, Nestor foi até a birosca da favela e pediu uma pinga. Pegou o copo e foi sentando e bebendo a pinga. Terminou de sentar e já estava morto.

 

MEU AVÔ

Sempre depois do almoço, meu avô tinha o costume de “tirar um cochilo”. Entrava no quarto, trancava a porta e dormia uma ou duas horas.

Naquele 31 de dezembro de 1981, ele almoçou e disse que ia cochilar. Entrou no quarto, mas não trancou a porta.

Minha avó, apurada por causa dos preparativos do réveillon, pediu que minha tia chamasse o meu avô e lhe pedisse um pouco mais de dinheiro, pois faltavam coisas a serem compradas. Quando minha tia entrou no quarto, estranhou ver a porta destrancada. Tocou no braço do meu avô para acordá-lo. Ele estava morto. Morreu dormindo.

 

O HIPOCONDRÍACO

Tive um amigo em São Paulo, cujo pai era hipocondríaco ao extremo. Vivia no médico fazendo exames.

Um dia, apareceu no consultório do médico, que já o conhecia bem, e disse que queria fazer um check-up completo. O médico consentiu, só para tranquilizar o pobre homem.

Como era conhecido do médico, os resultados ficaram prontos horas depois. O próprio médico fez questão de levar o resultado dos exames para o pai do meu amigo:

- Aqui estão os resultados. Você tem uma saúde de ferro, homem!

O homem pegou o envelope com os resultados, suspirou aliviado e disse:

- Agora, estou mais tranqüilo! Deixa eu ir embora…

Na saída do hospital, descendo os primeiros degraus, teve um infarte fulminante e morreu.

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