terça-feira, 28 de abril de 2009

Se tivesse havido hiperinflação no Brasil

assustado

Como seriam as coisas do quotidiano se o Brasil tivesse passado pela dolorosa experiência da hiperinflação? Imaginei cenas como estas:

 

Numa rua movimentada, é visto um cartaz anunciando um produto por Cz$ 450.000. Um caminhão pára e encobre a placa. Segundos depois, o caminhão sai e podemos ver a placa novamente, desta vez com o preço de Cz$ 700.000.

 

Comercial da TV: leve o xampu Cabelli por apenas Cz$ 99.999. Oferta válida até… o término deste comercial.

 

Diálogo entre freguês e garçom, no restaurante:

- Sua conta, senhor! – diz o garçom, mostrando a nota para o cliente.

Este, espantado ao olhar a nota, diz:

- Cz$ 1.200.000 por um prato de sopa???

- Ora, o que são Cz$ 1.400.000 hoje em dia? – indaga o garçom.

- Para mim, Cz$ 1.700.000 é ainda dinheiro!

- É dinheiro? – pergunta o garçom – E o que o senhor faz então com esses Cz$ 2.200.000?

- Com Cz$ 2.600.000? Muita coisa!

- Tá, me dê um exemplo do que o senhor faz com Cz$ 3.200.000!

- Olha, com Cz$ 3.700.000, eu posso… bem… eu…

- Tá  vendo? O senhor não faz nada com Cz$ 4.500.000 nos dias de hoje!

- É… acho que você tem razão… Com Cz$ 5.300.000 não dá para fazer muita coisa mesmo…

- Eu não falei!? Cz$ 6.000.000 dá para uma… um… sei lá…

- Tá… Quanto é a conta mesmo?  - pergunta o freguês.

- Cz$ 7.400.000, senhor – responde o garçom.

- Tá certo… Cz$ 8.000.000… Eu pago.

Cliente tira uma gigantesca nota de 100 milhões de cruzados e pergunta:

- Tem troco para Cz$ 100.000.000?

- Só se o senhor for bem rápido para pagar e o caixa for rápido em lhe dar o troco, é bem possível que o senhor ainda leve uma bala ou um pirulito para casa!

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