quinta-feira, 16 de abril de 2009

A televisão


Trata-se de uma breve estória, obviamente fictícia, mas que pode ter acontecido em algum lugar, a gente não sabe. Ou ainda poderá acontecer...
Aquela família era composta pelo pai, pela mãe e pelas duas crianças. Os pais eram carinhosos com os filhos, atenciosos, porém, na hora do telejornal ou da novela, eles ficavam com os olhos grudados na TV e não permitiam que as crianças falassem ou os interrompesse. Sempre foi assim.
Um dia, o menino, que já tinha 9 anos, antes de se deitar pediu a Deus:
- Deus, faz o meu pai e a minha mãe não ficarem vendo tanta televisão. Eles só vêem notícias ruins e as novelas só têm cenas de violência e bobagens. E o pior de tudo é que eu, às vezes, preciso de ajuda para a tarefa da escola e eles não deixam eu perguntar nada. Droga de televisão! Ai, Deus, ajuda eu, ajuda!?
No dia seguinte, as crianças voltaram da escola, almoçaram, fizeram uma parte do dever de casa e foram assistir à TV. Ligaram-na e surgiu a imagem de um lugar muito bonito, amplo, florido. Podia-se ouvir uma melodia singela ao fundo, e nada além disso. A imagem não mudava e a melodia tocava incessantemente. Crianças são crianças. Não deram importância ao fato, desligaram a TV e foram brincar na rua.
À noite, quando seus pais foram ver TV a mesma imagem e a mesma melodia estavam lá. O pai mudou de canal, mas a imagem e a melodia continuavam. Mudou de novo, de novo, de novo, e aquela imagem banhada por aquela linda melodia insistia em ficar ali na tela da TV.
Irritado, o homem desligou o televisor e disse para a mulher:
- Amanhã, vê se chama um técnico para ver essa droga!
No dia seguinte, a mulher chamou um técnico em casa. Ele ligou a TV e a mesma imagem acompanhada da mesma melodia ainda estava lá. Mudou os canais, mas a imagem e a melodia permaneciam na tela. Intrigado, resolveu abrir o aparelho, pela parte de trás. Quando abriu, levou um susto: não havia nenhum componente eletrônico, nenhuma peça, no interior do aparelho...

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